Quinze jogadores e dois treinadores de Londrina são convocados para três categorias da seleção brasileira

Seis atletas foram convocados para equipe infantil, que disputará competições na China, na Nicarágua e Japão

Um dos principais centros de formação de jogadores de beisebol do País, Londrina teve 15 atletas convocados para a seleção brasileira confirmando o know-how da Acel (Associação Cultural e Esportiva de Londrina) em revelar talentos na modalidade. Foi a primeira vez na história do beisebol brasileiro que uma única equipe cedeu tantos jogadores ao mesmo tempo para vestir a camisa do Brasil.

Entre os convocados, seis atletas vão defender a equipe infantil (11 e 12 anos) em três competições, na China, na Nicarágua e Japão, quatro na pré-júnior (13 e 14), no Pan-Americano do México, e cinco na categoria júnior (15 e 16), que vai disputar o Pré-Mundial, na Colômbia. Além dos jogadores, foram chamados os técnicos Fernando Fukuda e Fernando Yagura, do time pré-júnior da Acel.

“Este resultado se deve muito a estrutura física que temos aqui, além do incentivo que recebemos da Confederação Brasileira e da Federação Paranaense. O nosso trabalho começa lá na descoberta de jovens promessas no projeto que temos nas escolas municipais até a equipe adulta”, frisou Fernando Fukuda. Hoje, a Acel conta com mais de 120 atletas treinando diariamente no clube desde a categoria T-Ball, para crianças de cinco a oito anos, até a amadora. “Temos uma das maiores e melhores estruturas de campos da América Latina”.

Da equipe infantil da Acel, terceira colocada na Taça Brasil Interclubes disputada no fim de semana em Londrina – Marília ficou com o título – foram chamados Lucas Diniz, Adrian dos Santos, os irmãos Marcos e Matheus Katayama, Breno Rakawa e Lívia Ishikawa.

Nesta categoria, meninos e meninas jogam juntos. “Não tem problema nenhum em jogar ao lado dos meninos. Estou muito feliz com esta minha primeira convocação”, afirmou Lívia, uma das quatro jogadoras do time londrinense. “Comecei a jogar com sete anos e depois de um convite do meu primo. Acabei gostando do beisebol e acredito que o Brasil tem tudo para ir bem no Pan-Americano”, afirmou Adrian, 11 anos, e que joga como inter base e arremessador.

Os londrinenses convocados para a pré-júnior foram Henrique Hara, Sulivan Almeida, Claiton Borges e João Victor Sakurai. Na júnior, os chamados foram Igor Ishikawa, João Antônio Tutida, Victor Kuroki, Jonas Gabriel Sakurai e Guilherme Palhares. “A estrutura oferecida aqui em Londrina favorece o trabalho. A seleção brasileira chega forte para brigar pelo título neste Pan-Americano”, projetou Henrique Hara, 14 anos, e que já foi convocado outras duas vezes para a seleção.

Uma das grandes promessas do beisebol londrinense, Sulivan Almeida, 13, comemorou sua primeira convocação e reconheceu um certo nervosismo. “A gente fica um pouco nervoso mesmo. Mas, aos poucos vou me acostumando com a ideia”, comentou.

 

Guilherme e Sulivan sonham com a possibilidade de jogar nos Estados Unidos

 

Major League de olho na Acel

Dois jogadores revelados na Acel (Associação Cultural e Esportiva de Londrina) estão entre as principais promessas do beisebol brasileiro e já trabalham sob a coordenação de treinadores da MLB (Major League Baseball), a maior liga profissional de beisebol do mundo, com sede nos Estados Unidos.

Sulivan Almeida, 13 anos, e Guilherme Palhares, 15, treinam no Centro de Treinamentos da CBBS (Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol), em Ibiúna (SP). O local é um afiliado da MLB e os atletas recebem bolsas, que bancam os treinamentos, moradia, alimentação e estudo dos atletas em tempo integral. Três treinadores da MLB coordenam os trabalhos no CT. “A vinda destes treinadores americanos fez o beisebol brasileiro crescer muito nos últimos anos. Uma característica que evoluiu demais foi a qualidade dos nossos arremessadores”, afirmou Fernando Fukuda, técnico da equipe pré-júnior da Acel e da seleção brasileira.

Após quase dois anos treinando em Ibiúna, Sulivan reconhece que o seu jogo já melhorou muito. “A velocidade dos meus arremessos melhorou muito e claro que o pensamento é um dia ir jogar nos Estados Unidos”, afirmou o menino descoberto através do projeto da Acel nas escolas municipais de Londrina.

“O Sulivan e o Guilherme se destacam pelo porte físico e pela força. O Sulivan foi o primeiro jogador aceito no CT com menos de 12 anos, em razão do seu potencial. Como ele é canhoto, o seu arremesso é um diferencial mesmo. Em breve já deve assinar seu primeiro contrato”, ressaltou Fukuda. (L.F.C.)

Fonte: Folha de Londrina
Lucio Flávio Cruz
Reportagem Local
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